quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Movimento faz intervenção no Dia do Soldado (25/08)


Nos dias 24 e 25 de agosto o movimento iniciado com a reivindicação da Praça Médici fez intervenções político-artísticas com alusão ao Dia do Soldado na cidade de Campinas.

Lembrando as violações praticadas durante a Ditadura Militar, o movimento manteve na pauta a necessidade de se efetivar a reparação histórica na PUC-Campinas, através da nomeação da Praça Frei Tito.

No Largo do Rosário (centro de Campinas) foi exposto, na manhã do dia 24, fotos de mortos e desaparecidos políticos da Ditadura Militar em meio às atividades organizadas pelo Exército, o que chamou a atenção da rádio Jovem Pan, que entrevistou os estudantes presentes no ato.
No período da noite foi encenada, na Faculdade de Direito da PUCC, uma peça sobre a tortura de Frei Tito. Dialogando com estudantes, professores e funcionários, a atividade envolveu a comunidade acadêmica na discussão da democracia interna na universidade, inexistente desde os tempos da Ditadura Militar.

Na manhã do dia 25, a mesma peça foi apresentada no Largo do Rosário. Nesta oportunidade, homenageamos os diversos brasileiros que tombaram contra a Ditadura Militar, encenando uma peça em que o Capitão Carlos Lamarca retorna ao mundo dos vivos e dialoga com os soldados, vigiado pelos inúmeros mortos e desaparecidos.

Fazendo uma ampla discussão com a população, divulgamos a luta empreendendida na PUC-Campinas e reforçamos a importância de um conhecimento amplo do período, defendendo a abertura dos arquivos da repressão e a responsabilização dos torturadores, gerenciadores e financiadores da Ditadura Militar.

Dentre as diversas pessoas que acompanharam a atividade, muitos testemunharam a lembrança que tinham da ditadura, período marcado pela violência e pela falta de liberdade.



Entre gritos de ordem e a citação dos nomes das diversas vítimas da ditadura, panfletamos nossa mensagem também entre os diversos soldados presentes na ocasião.

Realizando o debate público, que sempre foi o principal objetivo do movimento, mantemos acesa a reivindicação dos estudantes e das entidades que ainda aguardam uma iniciativa da PUC-Campinas.

A exceção brasileira no que tange à Justiça de Transição reforça a necessidade de uma abordagem global do problema, que deve necessariamente envolvolver todos os setores da sociedade.

O papel da universidade neste processo é fundamental. A participação da PUC-Campinas será extremamente importante no fortalecimento desta discussão. A nomeação da Praça Frei Tito reforçará a luta pela democratização, que deve vir acompanhada com a abertura institucional da Universidade, como a muito tempo defende o seu Movimento Estudantil.

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